churrasco

O churrasco é presença garantida no cardápio do brasileiro, especialmente em festas e comemorações. Em tempos de Copa do Mundo então, nem se fala. Mas será que este modo de preparar a carne traz algum risco para a saúde? Vamos lá investigar isso.

Quando a carne é assada em temperaturas muito altas, formam-se compostos conhecidos como aminas heterocíclicas.  Já foi demonstrado que elas levam a mudanças no DNA das células, o que pode acarretar alguns tipos de câncer. Além desse composto, a carne do churrasco tem hidrocarbonetos aromáticos, que têm origem na fumaça de churrasqueira e também têm potencial cancerígeno, especialmente se a carne for bem passada. Além do ponto da carne, a quantidade dessas substâncias variam de acordo com o tempo de preparo e a temperatura da churrasqueira.

E será que a carne em si também traz perigos para a saúde? A OMS avaliou a carcinogenicidade do consumo de carne vermelha e carne processada. O consumo de carne vermelha foi classificado como provavelmente carcinogênico para humanos. A principal associação foi observada com câncer colorretal, além de pâncreas e próstata. A carne processada é classificada como carcinogênica para humanos. A cada 50g de seu consumo por dia, o risco de câncer colorretal aumenta em 18%.

Claro que cabe uma ressalva a esses dados. Eles foram obtidos em sua maioria em populações norte americanas, onde o gado é alimentado na maior parte das vezes quase exclusivamente de ração. Em nosso meio a forma mais comum de alimentação é capim, cuja carne é mais magra, contém menos gordura saturada e mais omega-3. De qualquer forma, carne demais representa um risco potencial para a saúde. Procure mesclá-la com outras fontes de proteína.