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A Síndrome Metabólica é um conjunto de achados clínicos e laboratoriais causados pela obesidade. É extremamente comum e tem ganho  preocupação da medicina, por conta da epidemia de obesidade que temos visto. Ela é causada pelo ganho de gordura na região central do corpo (abdome, tórax e pescoço), a que damos o nome de obesidade centrípeta ou obesidade visceral. Compara-se esse padrão de obesidade a um formato de maça, como oposição a distribuição de gordura corporal chamada de formato de pêra, onde existe maior gordura subcutânea, principalmente em quadris e nádegas.

Existem vários fatores relacionados a esse aumento assustador no numero de indivíduos com essa síndrome. O sedentarismo, o consumo excessivo de carboidratos refinados (como açúcar, farinha de trigo e arroz branco) e o estresse, que produz um hormônio devastador para o metabolismo chamado cortisol, estão no centro deste processo de doença. Como denominador comum da Síndrome Metabólica existe uma resistência à ação da insulina, que acaba por acarretar Diabetes, Hipertensão Arterial e alterações de colesterol muito nocivas, a que damos o nome de dislipidemia aterogênica (capaz de gerar aterosclerose).

Quais os critérios para dizer que um indivíduo tem  Síndrome Metabólica? A IDF (International Diabetes Federation) estabelece como critérios (sendo necessário 3 critérios dos 5 para preencher o diagnóstico):

1- Cintura abdominal acima de 94cm para homens e 80 cm para mulheres (há variação destes valores de acordo com a etnia)

2- Colesterol HDL menor que 40mg/dl para homens e menor que 50mg/dl para mulheres

3- Triglicerídeos acima de 150mg/dl

4- Glicose de jejum maior que 100mg/dl,

5- Pressão Arterial acima de 130×85 mmHg ou tratamento para hipertensão.

E por que é tão importante identificar esse problema? Indivíduos com Síndrome Metabólica tem maior risco de desenvolver uma séria de complicações para saúde, por predispor ao aparecimento da Aterosclerose, ou obstrução nas artérias. Cito rapidamente o risco aumentado de Infarto Agudo do Miocardio e Acidente Vascular Encefálico, mas podemos chegar até a falar de alguns tipos de câncer que estão associados à obesidade.

E quais as estratégias para combater esse mal? Muitas vezes precisamos lançar mão de algumas medicações, para controle de glicose, pressão arterial e colesterol. Também é frequente o indivíduo neste cenário usar aspirina como estratégia de prevenção. Mas o tratamento vai muito além disso. Ele engloba uma mudança de estilo de vida e combate a obesidade. Para isso, é importante a atividade física regular (clique aqui para post com detalhes) e dieta balanceada, baseada em controle calórico, restrição de carboidratos refinados, consumo de gorduras do bem (mono e poli-insaturadas) e grão integrais. E é fundamental, além de adotar um estilo de vida saudável, mantê-lo vida afora.