testosterona

Essa pergunta tem incomodado muito o mundo da cardiologia. Sabemos que, cada vez mais, temos feito diagnóstico de falência testicular em homens. Os sintomas da falta de testosterona, hormônio produzido pelos testículos, são muito variáveis e vão desde maior cansaço físico a queda na qualidade da atividade sexual. Estudo recente publicado no Journal of American Medical Association (Testosterone Treatment and Coronary Artery Plaque Volume in Older Men With Low Testosterone. JAMA 2017;Feb 21levantou a pergunta se o uso de reposição de testosterona estava ou não associado a aumento de placas ateroscleróticas coronárias não calcificadas em homens com mais de 65 anos de idade.

A reposição de testosterona foi feita por gel e a carga de placas foi avaliada antes de seu início e após 12 meses do uso, por meio de tomografia das coronárias. Houve, neste estudo, aumento de placas coronárias não calcificadas, embora não tenha havido diferenças nas calcificadas. O estudo também não teve como objetivo avaliar se esse aumento de placas está relacionado a aumento no risco de infarto. De qualquer forma é um assunto ainda em aberto e novos estudos serão necessários para colocar fim nesta dúvida. Vale ainda o bom-senso na prescrição deste tipo de reposição, avaliando sempre outros fatores de risco para aterosclerose do indivíduo e seu grau de comprometimento na qualidade de vida pela baixa concentração de testosterona.

Na dúvida consulte sempre seu cardiologista.