red meat

Estratégias de dieta baseada no consumo de proteínas, com restrição principalmente de carboidratos, têm ganho notoriedade recentemente, como ferramentas para redução de peso. Uma grande crítica a essas dietas, entretanto, é a falta de estudos de longo prazo que demonstrem sua segurança para a saúde.

Recentemente, um estudo finlandês publicado no periódico Circulation Heart Failure acompanhou 2441 homens por um período médio de mais de 22 anos. Nele demonstrou-se que, quanto maior a ingestão diária de proteínas, maior a chance de desenvolver insuficiência cardíaca ao longo da vida. Os indivíduos que mais ingeriam essa fonte de nutrientes tinham chance 33% maior que os indivíduos que ingeriam menos de apresentar essa complicação cardíaca.

E será que a fonte de proteína faz diferença? Neste caso fez sim. O uso de proteínas de origem animal, como as carnes, esteve associado a um risco de apresentar falência do coração de 43%, comparado a 17% quando a fonte era de origem vegetal.

Mas será que agora teremos que abolir esse nutriente da dieta? Claro que não. Mas fica um alerta: dietas baseadas no consumo excessivo de proteínas ainda precisam ter sua segurança comprovada no longo prazo e podem estar relacionadas a prejuízos para a saúde. Acho que esse estudo serve apenas como alerta.