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Nos últimos anos temos questionado recomendações prévias que davam conta de restrição no consumo de gorduras. Tivemos, nas últimas décadas, uma transição nutricional para maior consumo de carboidratos refinados, que pode estar relacionado a maior obesidade e síndrome metabólica. Portanto, as diretrizes mais recentes já sugerem um aumento no percentual de calorias diárias na forma de gorduras. Mas será que as gorduras são todas iguais? Quais as formas mais saudáveis?

Estudo publicado em agosto de 2016, na revista JAMA (Association of Specific Dietary Fats With Total and Cause-Specific Mortality) trouxe dados interessantes sobre o consumo de tipos específicos de gordura na dieta e risco de mortalidade. Para tanto, foram seguidos pacientes 2 populações de estudo diferentes, totalizando mais de 125mil pessoas, sendo que em uma delas o tempo de acompanhamento foi de 32 anos e na outra de 26 anos. Ou seja, muita gente seguida por bastante de tempo, de modo que os achados tem um grau de confiabilidade grande!

E o que foi visto? Primeiro, trocar carboidrato por gordura na dieta é em si benéfico. Quem consumia mais gordura ao invés de mais carboidrato teve um risco até 16% menor de morte. Com relação aos diversos tipos de gordura, toda atenção é importante. Quem consumia mais gordura saturada, encontrada principalmente em carnes vermelhas e também brancas, pele de aves, creme de leite, manteiga, iogurte, azeite de dendê, óleo de coco e bacon, por exemplo, teve risco 8% maior do que a média da população estudada. O uso de gordura trans, famigerada gordura usada em alimentos industrializados, teve o pior risco de todos. Aumentou em 13% o risco de morte.

Por outro lado, o uso de gorduras mono-insuaturadas (azeite de oliva, abacate, amendoim, nozes e óleo de canola) e poli-insaturadas (óleo de soja, girassol, canola, milho; peixes como o atum, sardinha e em frutos do mar; nozes e sementes de abóbora) esteve associado com redução de risco respectivamente de 11 e 19%. Como estratégia nutricional de redução de risco, substituir 5% das calorias diárias de gordura saturada para poli-insaturada reduziu o risco em 27% e de gordura saturada para mono-insaturada reduziu em 13%.

Logo, concluiu-se neste estudo que as gorduras devem fazer parte de nossa dieta. Principalmente na formas mono e poli-insaturadas, cujas fontes cito acima. Recomenda-se neste estudo trocar a gordura saturada por fontes de gorduras mono e poli-insaturadas. E se você quer mais dicas sobre dieta saudável, tenho dicas práticas de dieta, basta clicar no link ao lado. (clique aqui).

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